Abrigo reviver: 30 anos de história


Advogado, e sócio da JHI, fala sobre o projeto que mudou a vida de centenas de jovens

Em 1985, o Padre João Solak, que havia sido aluno do Papa João Paulo II, na Polônia, iniciou um trabalho que mudaria a vida de centenas de crianças na cidade de São Paulo.

Após receber a doação de um terreno, feita pelo médico Paulo Barbante, e com o apoio de um grupo de pessoas, o padre construiu, pouco a pouco, o Abrigo Reviver, que alteraria o rumo da história de menores vítimas de abandono e violência.

O advogado Humberto A. Lodovico, que participa do projeto desde o início, conta que os primeiros acolhidos recebiam reforço escolar e aprendiam uma profissão. Hoje, o Abrigo Reviver emprega 38 funcionários e atende 40 menores, que dormem na casa, frequentam escolas públicas regularmente e recebem apoio psicológico, médico e psiquiátrico. Desde sua fundação, já foram atendidos cerca de 500 jovens, entre eles dois bebês deixados na porta da instituição.

Os jovens que chegam ao Abrigo são encaminhados pelo Poder Judiciário, por meio das Varas da Infância e Juventude da capital, coordenadas pela Vara de Pinheiros. Enquanto aguardam uma possível adoção, recebem cuidados, atenção e carinho. Se a adoção não ocorrer, só deixam a casa quando completarem 18 anos, conforme estabelece a legislação.

Para custear o projeto, os recursos vêm de diversas fontes. Duas delas são os contratos da Prefeitura de São Paulo e o bazar realizado duas vezes por semana, onde são vendidos objetos e produtos doados. Além disso, existe o Projeto Adote, que recebe doações em dinheiro de pessoas físicas, além da inscrição do Abrigo no projeto Nota Fiscal Paulista, com doações dos créditos oriundos das aquisições de bens e serviços.

Passados 30 anos, Humberto A. Lodovico se orgulha do trabalho realizado, por todos os que se envolveram com o projeto, afinal, foram centenas de crianças e adolescentes que chegaram ali sem perspectiva alguma e deixaram a casa formados e encaminhados para a vida. Atualmente, um dos jovens assistidos pela instituição é advogado. “Eu mesmo emprego dois egressos do abrigo no meu escritório. Um já formado em Administração e o outro faz o curso de Direito”, conclui Lodovico.

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